sábado, 16 de março de 2013

SALVE O AMOR!



Aquele de conchinha e barba na nuca, que pode durar 
pra sempre ou só até amanhã.

Aquele amor sem medo, sem freio, que ama e pronto.

Salve o amor que a gente dá e pega de volta
outra hora, outro dia, com outra pessoa.

Aquele aconchego facinho
que não posa, não se esforça, não finge.

Salve o amor-próprio, que resolve a vida de muitos,

o amor das amigas, que aguenta, arrasta e levanta.

Salve o amor na pista, que roça, se esfrega se joga e vai embora.

Um amor só pra hoje, sem pacote pra presente, sem laço ou dedicatória.

Salve o primeiro amor, que rasgou, perfurou, corroeu… ensinou.

Salve o amor selvagem, o amor soltinho, o amor amarradinho.
Salve o amor da madrugada, sincero enquanto dure e infinito posto
que é chama.

Salve o amor nu, despido de inverdades e traquitanas eletrônicas.

Salve o amor de dois a dez, um amor sem vergonha, sem
legenda.

Salve o amor eterno, preenchido de muitos ardores.

Salve o amor gigante, mas sem palavras, o rotativo e o escrito,

salve o amor rimado, cego, de quatro.

Salve o amor safado, sincero e sincopado,

o amor turrão e o encaixado.

[Lia Block]

Um comentário: